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Pesquisadores da UESPI se destacam na produção de uvas no Piauí

Por Arnaldo Alves

Fruta tradicional na mesa dos brasileiros e rica em vitaminas e prevenção de problemas de saúde, a uva também é destaque na produção de projetos e pesquisas dos cursos de Agronomia da Universidade Estadual do Piauí (UESPI). É o caso do aluno Vinícius Araújo e do professor Cícero Nicolini.

Conheça os trabalhos desenvolvidos.

Produção de uva no sertão piauiense

Vinícius Araújo é discente do curso de Agronomia, campus Barros Araújo, em Picos. Em uma propriedade da família, localizada no município de Jacobina do Piauí, o estudante desenvolveu uma produção de uva (em pleno semiárido), além da criação de ovelhas e uma plantação de capim.

Segundo ele, a intenção do trabalho é mostrar as potencialidades da região e incentivar o cultivo em locais com condições semelhantes. “Apesar da baixa disponibilidade de água, vamos buscar aumentar de forma significativa nossa produtividade, além de empregar novas tecnologias e incentivar as pessoas do município interessadas na fruticultura da nossa região”, ressalta Vinícius.

Estudante Vinicius

Em uma área de 2.500 metros quadrados, foram plantadas duas variedades de uva: BRS Núbia e Vitória. As uvas já foram colhidas e a intenção é intensificar as atividades desenvolvidas.

Pesquisa mostra que Teresina tem potencial para produção de uva

Com o objetivo de comprovar a viabilidade e a produtividade do uva no Estado, o docente Cícero Nicolini, do curso de Agronomia, campus Poeta Torquato Neto, em Teresina, desenvolve pesquisas e experimentos no Parque de Exposições “Dirceu Arcoverde”.

Com a participação de alunos da UESPI, o projeto é desenvolvido através do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) desde 2018. Ainda segundo o docente, a uva utilizada no processo é conhecida popularmente como Isabel Precoce.

De acordo com o professor, atualmente, as uvas estão em fase de maturação. “Essa fase de maturação é importante, principalmente, para evitar danos de pássaros. Como não temos florada no entorno, os danos de pássaros atraem outros insetos como abelhas e vespas, que também se alimentam da fruta, pois a uva madura tem muito açúcar. Uma das melhores maneiras de evitar isso é através do uso da proteção, que pode ser feita com esse saco de papel pardo ou tnt, voal, entre outros mais caros. Vamos avaliar como isso funciona no tempo de chuva”, explica Cícero.

Em fevereiro os pesquisadores realizarão uma colheita para análise físico-química.

“Queremos adequar duas produções evitando coincidir com esse período, pois a uva diminui o teor de açúcar e também o excesso de água nessa fase pode ocasionar rachaduras nos frutos. O aumento da umidade relativa e molhamento das folhas também pode ocasionar daqui para abril a ocorrência de míldio, uma doença fúngica que ocorre nas folhas. Nossa previsão é que entre março e abril seja realizado uma nova indução para produzir novamente no mês de julho”, finaliza o professor.